A amônia é um gás inflamável e, no estado gasoso, pode formar
compostos inflamáveis ou potencialmente explosivos no ar seco.
Os limites ficam entre 15 e 33 vol.%. Contudo, a temperatura de
ignição necessária (de pelo menos 630 °C) é bastante alta.

A NH3 é, de modo geral, mais leve que o ar e alcança a atmosfera com uma alta velocidade de difusão. Em reservatórios e espaços confinados, pode deslocar o oxigênio disponível. A NH3 tem alta afinidade com a umidade e forma rapidamente compostos com a umidade presente na atmosfera. Quando vazamentos de amônia ocorrem, são usadas cortinas de água para conter o vapor de amônia. O gás então cai ao solo na forma de aerossol de amônia, que tem o aspecto de uma névoa branca.

A amônia tem uma inflamabilidade relativamente baixa e só mantém a combustão contínua se houver uma chama de apoio. Se o teor de vapor no ar superar 11 vol.%, não é mais possível a formação de misturas inflamáveis e potencialmente explosivas. Apesar do uso intenso de amônia em todo o mundo, explosões e incêndios causados somente pela NH3 são muito raros. Praticamente todos os incidentes conhecidos ocorreram em espaços ou reservatórios fechados. Portanto, só há risco de explosão se a concentração em áreas não ventiladas exceder o limiar de explosão (105 gramas por metro cúbico), ou se houver fontes de ignição de alta energia.

O trabalho de manutenção nos sistemas de refrigeração à base de amônia que exijam soldagem ou corte devem ser realizados com muito cuidado: as névoas de óleo existentes podem baixar o limite de explosividade das misturas NH3–ar. Os sistemas de NH3 devem, portanto, ser purgados com ar ou gás não inflamável antes do início do trabalho de solda, para retirar a amônia residual. Outra preocupação de segurança é o efeito corrosivo da amônia em ferro, cobre, zinco, estanho e nas ligas desses metais. Vazamentos podem danificar as peças do sistema de refrigeração.